domingo, 17 de janeiro de 2010

Síndrome da melancia

“Era uma época muito engraçada, havia diários trancafiados.
Ninguém queria usar Twitter não, privacidade existia então.
Ninguém queria se expor na rede, porque youtube não tinha ali.”
Minha versão ano 2000 para A Casa de Vinicius de Moraes


Se eu fosse pastor, padre ou fundador de uma seita qualquer afirmaria:
- Melancia é coisa do diabo.

Desde que esta fruta virou paixão mundial, fofocar virou sinônimo de popularidade. A propósito, não só popularidade, mas também oportunidade. Vide o caso da linda e absoluta menina do Cross Fox. Dou maior apoio ao que ela faz. Ela burlou a panelinha das gravadoras e mostrou seu... Digamos talento. Afinal, em terra de Djavú quem tem Stefhany é rei.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Chapolin e as religiões publicitárias

Ao criar o bordão sigam-me os bons, o grande poeta e filósofo Chapolin Colorado não previa ser, de forma oculta, plagiado por companhias publicitárias. O amontoado de mentes, mumificadas por essa minoria, tende a aumentar no Brasil graças aos comerciais “sacadinhos” de cerveja, mas na Espanha, uma medida foi tomada.

Na “Argentina Européia”, a exibição de anúncios à moda de Hitler, isto é; os comerciais que induzem a população a buscar a perfeição corporal foram proibidos na TV das 6 da manhã até 10 da noite. Qualquer publicidade, tal qual as que associam sucesso, popularidade e beleza com ser usuário da marca tal do cigarro X ou mesmo as que implicitamente dizem que gordo bom é gordo magro, teoricamente não estarão ao alcance das crianças espanholas. Digo teoricamente porque é sabido da curiosidade infantil sobre filmes adultos televisionados após as 22 horas, mas isso não vem ao caso agora.

Parafraseando o banco real, o importante é que parlamento Espanhol promete garantir 16 horas de programação livre de campanhas que exaltam a estética e estimulam distúrbios como a anorexia. Embora isso dê muito bafafá e processos na Espanha, eu (do alto de minha Zé ninguelância) seria a favor de abolir qualquer publicidade que, conforme o vídeo abaixo, insinue que se deve ser lindo e/ou usar drogas lícitas para ser bem sucedido.

Éramos luz

Acordei, mas o desejo de abraçar o mundo dos sonhos era maior. Adormeci em um mundo de luz branca onde eu não via meu próprio corpo. Embora soubesse quem estava lá, visualmente, não sabia quem estava lá. Sem som, toque ou gestos, nos comunicávamos. E não existia mal entendido, era tudo muito... Claro. Impossível descrever essa pseudofantasia sem usar sinônimos ou alguma palavra que lembre luz.

- Concentre-se na claridade e faça com que ela te leve onde você gostaria de ir. – Uma espécie de instinto me disse.

Senti-me flutuando sobre um mar que novamente eu não conhecia, mas eu o conhecia... Difícil explicar... Realmente difícil explicar.

Sentia o calor do sol, ouvia o som do mar, mas, me apavorava com tudo aquilo. Por alguns segundos, minutos ou horas (era impossível definir tempo) eu me senti sozinho. Quando só e apavorado; uma escuridão tangia a luz de preto. Sentia-me em um buraco negro. Todavia, uma presença se tornou meu presente.

Distante, o presente se aproximava a cada instante desconhecido de tempo. Aquilo me acalmava aos poucos. O medo se transmutava em um pálido violeta e, aos poucos, em branco. Agora acompanhado, a paz voltou a reinar, mas reconhecemos minha incompatibilidade com aquele mundo.

Calor, carinho, esperança, saudade, compreensão e fé se tornaram homogêneos e uma catapulta me arremessou em um local escuro e cheio de vozes rindo. Agora, conseguia sentir meus olhos que instintivamente foram abertos...

Finalmente me via em meu mundo... Era 3 da manhã e pela janela do meu quarto, as estrelas brilhavam. Enquanto isso, na TV passava uma daquelas séries sem graça de comédia americana onde apenas o “backing vocal” sorri. Pensei em levantar e digitar o sonho, mas o sono me roubava novamente e eu curioso, resolvi me deixar levar novamente para aquele mundo utópico.