terça-feira, 8 de setembro de 2009

A insuportável dor do NÃO.

Mesmo sem ser dita, aquela palavra foi implicitamente pronunciada.
Os gestos, ocultados pelo telefone, foram sentidos a cada suspiro e silêncio.
Mordi os lábios... Engoli o choro e ao ameaçar dizer algo fui interrompido.
A ligação caiu e não me atrevi ligar novamente.

E pela primeira vez rezei...
Ajuda-me, Deus. Preciso suportar essa dor.
Não deixe o telefone tocar novamente.
Deixe o não dito como dito.

Não ser querido, embora seja querido, é insuportável.
Porém isso não foi pior que tentar entender onde foi meu erro, e notar que ele não existiu.
E então surge uma necessidade compulsiva de culpar alguém.
Dinheiro, sogra, ela ou mesmo um primeiro namorado dela.
Não importa quem, ou o que... Eu preciso disso para aceitar que fui rejeitado.

Solitário, sozinho e atordoado eu me sento no sofá.
Deixo uma única lágrima molhar minha pele.
Penso no futuro sem ela, e guardo as demais para as próximas elas.

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